sábado, 12 de março de 2011

Relação entre Transplantes e Sistema Imune

Transplantação, do modo que o termo é usado em imunologia, refere-se ao ato de transferir células, tecidos ou órgãos de um local para outro, na tentativa de curar doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos saudáveis de um indivíduo para outro.
Porém a ação do sistema imunitário na rejeição de tecidos transplantados continua pode ser um sério impedimento ao sucesso desta intervenção médica. O sistema imunitário desenvolve elaborados e eficazes mecanismos para proteger o organismo do ataque de agentes externos e esses mesmos mecanismos provocam a rejeição do transplante de qualquer indivíduo que não seja geneticamente idêntico ao receptor.
O obstáculo da rejeição de transplantes tem vindo a ser sololucionado com a utilização de agentes imunossupressores. Estes agentes poderão ser fármacos e anticorpos específicos desenvolvidos para diminuírem a resposta imunitária. No entanto, a maioria destes agentes tem um efeito imunossupressor global, sendo o seu uso a longo tempo deletério. Novos métodos de indução de tolerância específica ao transplante, sem suprimir outras respostas imunitárias estão a ser desenvolvidos, prometendo uma maior sobrevivência dos transplantes sem comprometer a imunidade do receptor.

A intensidade da resposta imune poderá variar de acordo com o tipo de transplante (graft).São vários os tipos de transplante, de acordo com a origem do tecido transplantado. O tipo de transplante que nos interessa é o:
Alografts: tecidos ou órgãos transplantados entre membros da mesma espécie, geneticamente diferentes.Nos seres humanos todos os transplantes de um indivíduo para outro são deste tipo, com exceção dos gêmeos monozigóticos. Sendo este tecido geneticamente diferente do receptor, este tipo de transplante é normalmente reconhecido como non-self pelo sistema imunitário resultando na sua rejeição.
O sucesso de qualquer transplante está na capacidade de controlar a resposta imune, permitindo a adaptação do transplante e evitando a sua rejeição. Os principais genes responsáveis pelo reconhecimento de antígenos externos são do complexo de histocompatibilidade maior (MHC). Nos seres humanos, estes genes codificam várias proteínas da superfície da membrana celular. Estes aloantígenos são conhecidos como antígenos de leucócitos humanos (HLA – Human leukocyte antigens) e o seu elevado polimorfismo permite ao sistema imunitário reconhecer antígenos self e non-self.
Em transplantações clínicas, podem ocorrer três tipos principais de rejeição: hiperaguda, aguda e crônica. Independentemente do tipo de rejeição, sinais de perigo incluem febre, sintomas febris, hipertensão, edemas ou aumento súbito de peso, mudança no ritmo cardíaco, falta de ar e dor e sensibilidade no local do transplante

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